A televisão dita regras, lança tendências e é a queridinha da sua casa há mais de 80 anos. Está na hora de conhecer um pouco da história do eletroeletrônico que mudou o mundo e ajudou a interligar continentes.
Quem nunca se pegou falando algum bordão do tipo “é brinquedo não”, “é mara”, “isso é uma vergonha”, “fala Lombardi”, depois de ter visto na televisão? Sem dúvida, a televisão revolucionou o mundo, influenciou comportamentos, marcou décadas e hoje é o meio de comunicação com maior penetração e importância no mundo, mesmo depois da popularização da Internet. No Brasil, a televisão virou um fenômeno desde que a primeira transmissão foi feita no ano de 1950. No ano de 2008, de acordo com o IBOPE, 93% das residências do país possuem aparelho de televisão, já o número de casas com Internet não passava de 23% da população.
Era uma vez...
Atualmente, é difícil acreditar que a televisão era um artigo de luxo e que a imagem não passava de alguns chuviscos difíceis de decifrar. Mas, o tempo passou e, assim como os outros meios de comunicação, a televisão se popularizou, a tecnologia evoluiu, o preço diminuiu e ela conquistou a preferência de todo o mundo. Assim como várias invenções brilhantes, a televisão contou com o trabalho de vários pesquisadores ao longo de anos até estar pronta para transmitir seus sinais aos telespectadores. As primeiras transmissões experimentais foram feitas em meados da década de 1920.
Experimentos realizados em 1926 na Inglaterra, Japão e nos EUA em 1927 marcam o início das transmissões de imagens e sons.
Como a televisão foi desenvolvida por várias pessoas, em diferentes lugares do mundo, não há um consenso acerca da primeira transmissão oficial, mas o que se sabe é que a empresa AT&T foi uma das pioneiras ao realizar uma transmissão na cidade de New York, mas na época (1927), somente algumas pessoas tiveram acesso à transmissão.
Já na década de 1920, as primeiras celebridades começaram a surgir e a fazer muito sucesso. O Gato Félix é considerado o primeiro personagem a ter sua imagem veiculada na TV em 1928.
Ele era utilizado para a regulagem dos aparelhos transmissores, já que era em preto e branco, naquela época as cores perfeitas para o ajuste dos equipamentos recém inventados. O desenho do gato foi feito em papel e transmitido ao longo de duas horas por dia e as imagens recebidas eram de apenas dois centímetros de altura.
Gato Félix, 1ª celebridade de TV. |
Nunca mais parou !
As imagens transmitidas nos anos 20 eram de baixíssima resolução, tendo em vista que eram de aproximadamente 60 linhas. Hoje, as televisões analógicas têm resolução de aproximadamente 480 linhas. Mas depois da primeira transmissão nos anos 20, os avanços tecnológicos nunca mais pararam e a evolução das TVs também não.
A década de 1930 serviu para a lapidação da televisão. Eventos como a Segunda Guerra Mundial, de certa maneira, ajudaram a alavancar o desenvolvimento dos aparelhos e tecnologias de transmissão, pois as pesquisas realizadas na época foram intensas. Grandes emissoras também já haviam surgido na década de 30. Canais como a BBC, CBS e CGT abriam as portas para a transmissão de programas e eventos esportivos.
Os aparelhos de TV já começavam a ser produzidos em larga escala, mas eram poucas as pessoas que tinham acesso a ele, tendo em vista que o rádio ainda era o meio de comunicação predominante e os preços ainda eram proibitivos. Nos anos 30, as telas do televisor dificilmente ultrapassavam as cinco polegadas, desta forma era difícil assistir a alguma coisa.
A rede Tupi, criada em 1950, foi a primeira emissora de televisão do Brasil e reinou absoluta ao longo de muitos anos. Para fazer sua ideia decolar, Chateaubriand trouxe dos EUA 200 aparelhos de TV e os espalhou pela cidade, onde quem passava pela rua era “hipnotizado” pelas imagens e sons do mais novo invento a desembarcar em terras tupiniquins.
A invenção do controle remoto no início dos anos 50 impulsionou a compra de televisores no mundo inteiro e também, revolucionou a forma com que se assistia à televisão.
As emissoras agora tinham um forte concorrente, o botão da emissora rival a poucos centímetros de distância, desta forma precisavam ter uma programação diversificada e de alta qualidade para atrair telespectadores e, claro, anunciantes.
Um dos primeiros controles remotos.
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